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terça-feira, 9 de junho de 2009

Não é pra ter sentido.

Um cheiro de incenso entrou pela janela do meu quarto, incenso de lavanda. Isso me despertou de um transe que eu não sabia que estava participando. Talvez a música estivesse me fazendo pensar em outra coisa, ou me fazer não pensar. Kings Of Leon tem um poder incrível sobre mim - YOOOOOOOOOOOOOOOOOUR SEEEEEEEEEEEX IS OON FIIIIIIIIIREEEEE ♪ -, mas tudo bem, eu supero, haha. Voltando a lavanda. Ela me deu uma energia estranha. Uma vontade de sair na janela e senti-lá cada vez mais. Como se fosse uma sereia puxando um marinheiro para o fundo do mar, a lavanda me puxava à janela, para ficar ali, entorpecida, ouvindo a música entrar pelos meus ouvidos mesmo sem eu perceber (nossa, que profundo). Era como se eu não estivesse sozinha. Como se a lavanda fosse minha amiga, e estava ali me fazendo companhia lá pelas 15:00 de um dia sem aula, completamente sem graça. Por mais estranho que pareça, eu me senti feliz, me senti necessitada de escrever, qualquer coisa, simplesmente escrever. Sei lá porque, eu só queria movimentar meus dedos rápido o bastante pra que o atrito deles no teclado me faça sentir dor pela temperatura baixa, e a janela aberta. Fazer com que eu me perca num dicionário tentando achar palavras melhores, me fazendo esquecer do mundo, da música, do frio, apenas eu e minha voz quase irritante dentro de minha mente reproduzindo todas as palavras que escrevo num ritmo estranho. As pausas pra responder as pessoas no msn são tão rápidas que eu sinto medo de falar coisa de uma pessoa a outra. Mas eu não me importo, pouco tempo depois volto a escrever. É impossível parar, por mais que eu tente, minha mente é lenta perto de meus dedos, e lá vem a minha voz de novo. Lá vem a lembrança da lavanda, e como ela me fez acordar facilmente de um transe profundo. As palavras erradas por escrever rápido demais parecem não importar. Hoje o dia foi interressante o bastante pra me dar ânimo pra revisar tudo depois, e fazer um blog, pra escrever tudo que penso, e que tenho vontade de expressar pro mundo todo, mesmo que nem a miníma parte do mundo todo leia esse blog. Minha lavanda, só minha lavanda me fez pensar sobre o dia. Hoje eu desci, fiquei lá embaixo sozinha, sentada num banco com as pernas pra cima, eu só olhava fixamente pra grade, imaginando o que cada pessoa que passava correndo por lá, fugindo do frio pensava. Ou eu pensava que imaginava isso. Ou imaginava que pensava que imaginava isso. Ou pensava que imaginava que pensava que imaginava isso. Não importa.. Talvez o jogo de futebol fracassado de hoje na pracinha tenha me deixado abobada. Talvez a dor que o frio está me causando, e mesmo assim eu estou amando tudo isso. Tudo parece bom o suficiente agora. O perigo parece estar longe quando a lavanda está aqui. Enchendo minhas narinas com seu cheiro suave e demasiadamente doce pra ser suave o bastante para ser chamado de suave (que gaaaay). Desde meu banho extremamente quente, até o fato de eu estar com frio apenas no nariz desde quando eu acordei fazem sentido, por mais que eu não entenda. Minha necessidade de falar com alguém que consiga entender nunca acaba. A cada pessoa que vejo Online no msn, eu sei que eles entenderam menos que eu. Mando o msn, e junto dele toda a possibilidade de um aumento na temperatura lá pra ponte que caiu, os mando tomates crus, os mando pro lugar que for. Está tudo bom agora. Por mais que uma pessoa me faça falta o bastante pra me deixar um pouco preocupada com até quando minha lavanda me salvará, eu estou feliz o bastante pra suportar essa noite. Amanhã tenho aula, e isso é bom, muito bom. Me proporciona mais sonhos demasiadamente bons para tornarem-se realidade ainda essa semana, me proporciona mais imagens perfeitas de como um sonho é bom o bastante para viver pensando apenas nele. Me prova o quão importante tudo isso é pra mim. Me prova o quão minha lavanda é perfeita. O quanto eu amo tudo isso. A mistura de lavanda com uma coloração verde, como a da grama de depois da grade do condôminio, como a parede externa desse prédio, como as luzes de meu feliz computador, como eu imagino cada coisa que imagino. Como a apostila da minha irmã em cima da cama, como o amado "Iniciar" de meu computador. Como a maioria das coisas do meu pai. Como eu gostaria que meu quarto fosse. Uma coloração verde que não se define o tom, que não se define o brilho, saturação, ou contraste em meio as outras cores. Uma cor que pode ser de um abacate, e de um olho ao mesmo tempo. Que pode estar na bandeira nacional e ainda assim numa fruta não-madura, que pode estar num pássaro e no meio de luzes neon que brilham e piscam meio a uma multidão de gente. Uma multidão dançado sob aquela luz verde meio as outras cores. Um verde que me faz voltar ao entorpecimento, que me faz parar de medir palavras, que me faz parar de importar-me com minha voz mental falando palavra por palavra. Que me trás uma memória quase sólida da lavanda. Minha lavanda. Minha lavanda que apareceu meio à grama, meio aos carros e prédios, meio as ruas, e pessoas que andam silenciosas, meio a todas as suas dores e sonhos despedaçados, trazendo-lhes uma nova esperança. Um novo sorriso em um novo rosto desconhecido. Uma porta aberta, no meio de um mar de mesmice. Uma estrela brilhante em um céu apagado. Uma pessoa em um milhão. Uma poesia perfeita meio as outras. Uma voz no meio de uma tempestade. De onde veio a lavanda eu não sei, mas ela veio pra mim, disso eu sei. Primeiro post, algo super profundo, ual! É, minha lavanda... me fez bem :D E depois de 13:10 no telefone com a melhor amiga do mundo, que fez meu blog vermelho e gato, com frasesinhas também super gatas (blé) eu vou dormir, acho que preciso depois de um dia cheio com minhas luvinhas que aparecem os dedos, um amoro, hihi. Amanhã é aniversário da Alice, então se eu não conseguir postar a culpa vai ser dela, porque eu tenho aula, e churras na casa dela de noite, então, FELIZ ANIVERSÁRIO AMIGAAAA *-*

boa noite (:

1 comentários:

Bruna Schneider disse...

Meu Deus, eu amei teu post o_o